Marcos Amaro Rolim nasceu, literalmente, para voar. Afinal, ele é filho do empresário Rolim Adolfo Amaro, mais conhecido como Comandante Rolim, fundador da TAM Linhas Aéreas.
Se o pai foi fundamental para o surgimento de uma das maiores companhias aéreas do Brasil, que hoje atende pelo nome Latam Airlines, Marcos Amaro não deixa por menos.
O empresário de 37 anos resolveu apostar alto em um dos setores mais afetados pela crise que estourou após o início da pandemia da Covid-19. E, agora, quer voar alto, como fez o pai.
A “ótica” dos negócios de Marcos Amaro Rolim
Marcos Amaro Rolim teve uma vida acadêmica agitada. Cursou economia, filosofia e artes plásticas, mas foi no empreendedorismo que encontrou sua vocação.
No meio empresarial, a “ótica” dele foi bastante interessante, na real acepção da palavra. Depois de trazer a marca de óculos Tag Heuer para o Brasil, ele foi um dos responsáveis pela expansão da marca Óticas Carol no Brasil.
Foi dono da rede até 2013, quando vendeu o ativo por mais de R$ 100 milhões para uma rede de empresários estrangeiros.
Rolim também se deu bem quando começou a se envolver com a área de negócios imobiliários, na qual conseguiu relativo sucesso.
O “voo” do novo Rolim
Em 2020, com o novo coronavírus assombrando o setor aéreo, no entanto, Marcos resolveu ajudar a verdadeira paixão do pai, que faleceu em 2011, e decidiu investir na aviação.
Foi durante a pandemia que surgiu a Amaro Aviation, companhia privada criada ao lado de David Marioni, comandante considerado referência na área de segurança da aviação, e de Francisco Lyra.
A Amaro Aviation começou as atividades em janeiro de 2021 e apostou em um sistema chamado fractional ownership. Por meio dele, empresários “dividem” os custos de uma aeronave, sem precisar pagar pela totalidade dela.
A Amaro Aviation, com o perdão do trocadilho, decolou a partir desta iniciativa, e recolocou o nome Rolim nos céus brasileiros, fazendo jus à tradição familiar.
Táxi aéreo é o próximo passo
Porém, Marcos Amaro Rolim quer mais. Quer ser inovador, como seu pai, e o próximo passo em sua retomada dos céus brasileiros está no serviço de táxi aéreo.
Em entrevista para a Isto É Dinheiro, o empresário revelou que a C.Fly, braço da companhia voltada para gerenciamento de aeronaves, aguarda apenas a liberação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para entrar no ramo de táxi aéreo.
A ideia para capitalizar é lançar o chamado Fligth Pass. Segundo Rolim, ele será um cartão de horas, que dará ao usuário o direito de voar pelo tempo que estiver pago, como um celular sem plano fixo.
“A pessoa compra, por exemplo, 50 ou 100 horas do avião, paga um preço determinado e tem essa utilização da aeronave, mas sem ter o ativo”, explicou.
E aí: Será que a história continuará se repetindo e escreverá novos e bonitos capítulos com a assinatura Rolim nos céus do Brasil?