O empresário Marcos Amaro está alçando mais um voo na aviação, agora seguindo mais de perto os passos do pai, o comandante Rolim Amaro, que criou a TAM a partir de uma pequena companhia aérea regional no interior de São Paulo, nos anos 70.
Depois de fundar a Amaro Aviation, empresa de gerenciamento de frota compartilhada, no ano passado, ele agora se prepara para decolar com a Alfa Airlines, uma companhia de voos sub-regionais.
Inspirada na Cape Air, sub-regional americana que tem parceria com as grandes companhias aéreas dos EUA, a Alfa Airlines nasce com uma frota de 3 Cessnas Gran Caravan, com capacidade para 9 passageiros, e está programada para iniciar operações no segundo semestre.
A Alfa Airlines deverá ligar Congonhas a destinos de lazer como Paraty, Búzios ou Angra dos Reis. Mas apesar de oferecer voos em horários regulares, neste primeiro momento a companhia vai operar no chamado regime 135, que é o código para empresas de táxi aéreo. O setor passou por uma desregulamentação recentemente e hoje é permitido a empresas de táxi aéreo vender passagem avulsa. O novo regime virou uma porta de entrada para o setor, uma vez que o processo de certificação de táxi aéreo é muito mais barato e simples.
A Alfa Airlines terá base em Jundiaí, aeroporto que leva o nome do comandante Rolim, falecido num acidente de helicóptero em 2001. Mas como os clientes da Alfa deverão partir de São Paulo, Marcos já firmou parceria com a Premier para usar suas instalações em Congonhas. Do ponto de vista de registros na Anac, a Alfa é um braço da Amaro Aviation, empresa na qual Marcos acaba de ampliar o controle. Ele e a mulher, Ksenia Amaro, tinham 41% do negócio, mas compararam a participação de David Barioni e Francisco Lyra e agora detêm 90% do negócio.
Marcos assume como CEO da Alfa Airlines e vai tocar a empresa com Ksenia, que também é sua parceira na operação da Amaro Aviation na Suíça.
Questionado se a Alfa seria o embrião de uma concorrente futura de Latam, Azul ou Gol, Marcos diz preferir focar no presente. — Não tenho elementos hoje para dizer o que vai acontecer depois. Vamos nos concentrar no presente, criando uma empresa dinâmica, flexível — diz o empresário, que é também artista plástico e colecionador de arte e se divide entre a Suíça e São Paulo.